Os Cavendish

Orgulhosos pelo seu passado, contam que um antigo pirata que assombrou o litoral lá das Colônias Portuguesas do Brasil até as Vilas Australianas Inglesas, foi um longínquo antepassado da família. Já foram a família mais poderosa da região, mas depois que os Kane prosperaram tanto - e dos negócios mal feitos pelo patriarca -, entraram em decadência. Entretanto não se engane: os Cavendish ainda são ricos e poderosos, só têm um grande inimigo para pilhar.



Francis Cavendish (1935), filho dos já ricos Cavendish, foi mandado aos 13 anos para a Inglaterra, para estudar na tradicional Eton College. Foi colega de classe e amigo pessoal do Príncipe Edward, duque de Kent e primo da Rainha Elizabeth. Lá, fez parte do time de rugby graças ao seu corpo enorme. Depois foi para Oxford, onde chegou a fazer o mestrado em Administração de Negócios, mas em momento algum pode-se dizer que Francis foi um bom aluno. Sua dedicação era voltada às festas, bebidas e mulheres.

Quando voltou para a Austrália, viu seus negócios sendo controlados por um tio (já que seus pais haviam morrido quando ele tinha 18 anos). Sua irmã estudava em Sidney, na Abbotsleigh, uma escola anglicana só para meninas. Francis tinha 25 anos quando resolveu tomar os negócios para si.

Ele iniciou várias empresas que não duraram muito: seu canal de TV, a Six Network; um açougue de carnes de canguru; um serviço de turismo na grande Barreira de Corais; um cassino, o Hugh Gallant; e até uma companhia área, a Content Air. Fracasso atrás de fracasso. E a primeira afronta dos Kane foi a compra do cassino para saldar as dívidas de Francis, por um preço muito abaixo do valor original, e transformá-lo em um resort.

Francis casou três vezes. A primeira vez foi com Mary Kelly e durou apenas seis meses. A segunda vez foi com uma japonesa, Kumiko, e o relacionamento durou um pouco mais, oito meses. Até que conheceu uma ex-dançarina de shows em Las Vegas, local do encontro e do casório, uma semana depois. Por incrível que pareça, esse foi o grande amor de sua vida e dura até os dias de hoje, tendo dois filhos juntos.

A esposa se mostrou muito mais engenhosa na administração dos negócios do que Francis, abrindo e gerenciando dois negócios bem promissores: um serviço de malotes navais pelas ilhas australianas e Nova Zelândia, e uma editora para escritores locais.

Mesmo assim, décadas de investimentos ruins fizeram a família falir aos poucos. Com um patrimônio de 700 milhões de dólares, não são mais bilionários, mas é algo que Francis e Jeanne querem mudar rapidamente.

Jeanne Cavendish (1937) nasceu como Jeanne Lansky, filha de uma corista com o famoso mafioso Meyer Lansky. O gangster russo nunca assumiu a menina, mas pagou durante vários anos uma mesada para a mãe. Jeanne perdeu a mãe para a tuberculose aos 16 anos e viveu sozinha, se virando como dava até se tornar dançarina no cassino que um dia tinha pertencido ao seu pai, o Flamingo Hotel. Dançou em shows do Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., entre outros.

Um dia, aos 32 anos, quase velha demais para o que fazia e pronta para se aposentar, conheceu um charmoso e rico australiano, Francis Cavendish. Namoraram por uma semana e se casaram numa capela local. Pediu demissão e mudou-se para as Ilhas Whitsunday.

Descobriu que seu marido não era um ás dos negócios e que se ele continuasse no controle, logo voltaria para a vida de pobreza. No começo apenas dava conselhos, depois começou a ir às reuniões, logo era vista andando pelos escritórios dando ordens. Não demorou muito para todos respeitarem a Sra. Cavendish. Mesmo quando esteve grávida, continuou trabalhando.

Teve um conflito com Lucasta Kane, quando a mulher como presidente do "Amigos das Praias de Hayman Island", frustrou os planos de Jeanne em retornar aos serviços dos resorts. Foi quando percebeu que os Kane queriam hegemonia e monopólio do negócio hoteleiro nas ilhas.

Tal rivalidade foi sendo mostrada com o tempo, como quando Jeanne derrubou de propósito vinho no vestido de Lucasta numa festa. Ou quando Rupert Cavendish revelou à Jeanne que o marido tinha uma amante, algo que virou uma briga do casal, mas que logo resolveram.

Mesmo com 78 anos, Jeanne ainda está a frente dos vários negócios dos Cavendish, tentando tirar a família do buraco, mas com uma ambição ainda maior em construir um hotel na Ilha Hayman.

Elizabeth Cavendish (1939), filha mais nova de Henry e Jacquotte, viveu pouco com o irmão Francis, pois quando era muito nova, ele foi para o Reino Unido, e depois ela foi para Sidney, onde estudou no Abbotsleigh até os 18 anos, e pertenceu a casa Tennant (num sistema parecido com a de Hogwarts). Aprendeu a jogar tênis, tocar piano e foi do coral. Era uma boa aluna. Só saiu da escola para ir ao velório dos pais, que morreram num acidente de carro quando ela tinha 14 anos.

Mesmo assim havia algo de Cavendish nela: a inconsequência. Elizabeth deixou o irmão com as empresas e caiu na estrada como uma groupie da banda "The Dee Jays" (a primeira banda de rock da Austrália). Conheceu várias cidades do país e esteve com eles no tour pela Nova Zelândia e Estados Unidos.

Em 27 de junho de 1960, ela estava no carro com os membros da banda quando se depararam com um caminho de cascalhos, numa estrada entre Sidney e Queensland. O acidente que deformaria o rosto do vocalista Johnny O'Keefe também foi responsável por uma vértebra quebrada que perfurou o pulmão de Elizabeth.

Ela voltou para casa e se recuperou, mas não queria ficar parada e logo resolveu fazer um tour pelas illhas caribenhas ("tenho sangue pirata, preciso que conhecer nossas origens", ela dizia). Morou um tempo em Portmore, na Jamaica; em Willemstad, capital de Curaçao; e em Bayamón, cidade de Porto Rico. Namorou sempre homens mais jovens, os bancava e vivia em hotéis que eram pagos com uma mesada que Francia lhe mandava. Até que se mudou para Havana, na ilha de Sain Martin, e conheceu um francês, Saymon Pompidou, um jovem poeta e surfista. Ela engravidou dele e assim que o rapaz soube, sumiu.

Com um filho nos braços, resolveu voltar para Whitsunday "de vez" e foi morar com o irmão e a cunhada. Jeanne mais cuidou do sobrinho do que a própria Elizabeth, que era e continua sendo sempre vista de maiô, segurando uma taça de martíni e ouvindo rock antigo em volta da piscina.

1. O primeiro filho de Francis e Jeanne nasceu nos anos 70. Pode ser homem ou mulher, é casado e tem dois ou três filhos adolescentes.
   
   
2. O segundo filho de Francis e Jeanne nasceu nos anos 80. Pode ser homem ou mulher, casado ou solteiro, ter filho ou não, e se tiver o filho será pré-adolescente.
   
   
3. O filho de Elizabeth é livre, tendo nascido após os anos 70 até os anos 90 (a decisão disso apenas implicará quanto tempo ela viveu no Caribe). Pode ser homem ou mulher, casado ou não e ter ou não filhos.
   
   
4. Os Cavendish, apesar de estarem "falindo", ainda possuem muito dinheiro. Os filhos estudaram em escolas boas, sempre tiraram férias na Europa e nos Estados Unidos, possuem bons carros e roupas de marca. Porém, algumas vezes é visível sua condição financeira: na escola tinham bolsa de estudo dadas por um amigo, foram na classe econômica para a Europa, a Ferrari foi comprada usada e as roupas em Outlet.
   
   
5. Os patriarcas vivem juntos, os filhos podem ou não viver na mansão, mas também podem viver em outras casas na região, ainda mais se tiverem suas próprias famílias.
   
   
6. Uma coisa que parece ser uma mistura de genética e educação é que os Cavendish são conhecidos por serem inconsequentes e bon vivants.

Filha 1 de Francis e Jeanne - Adelaide Cavendish (1971) [Efe]
Genro 1 - Rafaele King (1962) [NPC]
Neta 1.1 - Cassia King (1996) [Heibel]
Neto 1.2 - Theon King (2000) [NPC]

Filho 2 de Francis e Jeanne - Romeo Cavendish (1992) [Kah]

Filha de Elizabeth - Naomi Cavendish (1984) [Mah]


Kane - As duas famílias se odeiam e são extremamente rivais, tanto nos negócios quanto na vida pessoal. Os Cavendish acreditam fielmente que um dos motivos de sua desgraça financeira é por ações dos Kane, e que se eles tivessem oportunidade de construir seus próprios hotéis e resorts, estariam numa condição bem melhor. Todas as gerações das duas famílias têm histórias de provocações e brigas entre si.

De Groot - O ódio que os De Groot têm pelos Kane não é repetida aos Cavendish. Apesar de serem ricos, capitalistas e ambiciosos, nenhum dos negócios feitos pelos Cavendish incomodou os De Groot e a natureza (por enquanto). Além disso, é possível que tenham alguma relação após encontros em festas por aí, principalmente um boato de um pequeno relacionamento amoroso entre Elizabeth e Merijn.

Bouwer - Tyrese Bouwer odeia Francis Cavendish por um segredo que ele guarda à sete chaves. Sempre fala aos filhos que não o deixem entrar no bar da família, mas como sabem que o ódio é direcionado a Francis, os filhos não ligam que outros Cavendish entrem no bar quando Tyrese não está. Porém, quando o patriarca estiver presente, é melhor deixar todos da rica pobre família longe.

Barone - Os Cavendish sabem que na verdade os Barone são criminosos, principalmente traficantes de drogas. Não será estranho se um Cavendish tiver algum histórico de dependência de drogas e/ou dever favores ou dinheiro a um dos traficantes Barone. Além disso, existe um mistério que em 1994, Francis pagou um grande montante de dinheiro para Bull Barone após um serviço secreto.

Palafox - São pessoas estranhas que vivem na ilhota lá do norte. Os patriarcas não se importam muito com eles, mesmo que Francis ache bonito aquele antigo mapa que tem emoldurado em seu escritório, e ache às vezes que devia comprar aquela ilha de volta.